sábado, 8 de outubro de 2011

Universo paralelo (ficção)

O Que é isso?
Universo paralelo ou realidade alternativa em ficção científica e fantasia é uma realidade auto-contida em separado, coexistindo com a nossa própria. Esta realidade em separado pode variar em tamanho de uma pequena região geográfica até um novo e completo universo, ou vários universos formando um multiverso. Embora os termos "universo paralelo" e "realidade alternativa" sejam geralmente sinônimos e possam ser intercambiáveis na maioria dos casos, há por vezes uma conotação implícita no termo "realidade alternativa" que implica que a realidade é uma variação da nossa própria. O termo "universo paralelo" é mais genérico, sem quaisquer conotações que impliquem uma relação (ou a falta dela) com o nosso universo.

Introdução
A fantasia há muito tomou emprestada a idéia de um outro mundo da mitologia, lenda e religião. Céu, Inferno, Olimpo, Valhala, são todos universos alternativos diferentes do mundo físico familiar em que vivemos. A fantasia moderna frequentemente apresenta o conceito como uma série de planos de existência onde as leis da natureza diferem, permitindo a existência de fenômenos mágicos e sobrenaturais de algum tipo em alguns planos. Em outros casos, tanto na fantasia quanto na ficção científica, um universo paralelo é uma outra realidade única e sua coexistência com o nosso é um princípio usado para levar um protagonista da realidade do autor para a realidade da fantasia, tal como em As Crônicas de Narnia de C.S. Lewis. Ou esta outra realidade singular pode invadir a nossa, como quando a heroína inglesa de Margaret Cavendish envia submarinos e "homens-pássaros" armados com "pedras de fogo" através de um portal do Blazing World para a Terra, e espalha a destruição entre os inimigos da Inglaterra. No filme Labirinto do Fauno de Guillermo Del Toro que mistura realidade da dor e da morte, com a fantasia literária em um conto de fadas. Na fantasia dark ou ficção de horror, o mundo paralelo é frequentemente um local oculto para coisas desagradáveis, e frequentemente o protagonista é forçado a confrontar os efeitos deste outro mundo se infiltrando no nosso, como na maior parte do trabalho de HP Lovecraft e na série de jogos de computador Doom. Em tais histórias, a natureza desta outra realidade é freqüentemente deixada misteriosa, conhecida apenas por seus efeitos em nosso próprio mundo.

Usos na ficção científica
Outras dimensões
Embora tecnicamente incorreta e olhada com desdém por fãs e autores de ficção científica hard, a idéia de outra dimensão tornou-se sinônimo da expressão universo paralelo. O uso é particularmente comum em filmes, televisão e HQs e muito menor na prosa moderna de ficção científica.

Hiperespaço

Talvez o uso mais comum do conceito de um universo paralelo na ficção científica esteja no conceito de hiperespaço. Usada na ficção científica, este conceito se refere freqüentemente a um universo paralelo que pode ser usado como um atalho mais rápido que a luz para viagem interestelar. Os princípios para esta forma de hiperespaço variam de obra para obra, mas existem dois elementos comuns:
  1. ao menos um (se não todos) os sítios do universo hiperespacial correspondem a sítios em nosso universo, provendo os pontos de entrada e saída para os viajantes.
  2. o tempo de viagem entre dois pontos no universo hiperespaço é muito mais curto do que o tempo de viagem entre pontos análogos em nosso universo. Isto pode ocorrer por causa da velocidade diferente da luz, diferente velocidade da passagem do tempo ou os pontos análogos no universo hiperespacial são muito mais próximos um do outro.

Viagem no tempo e história alternativa

O uso mais comum de universos paralelos na ficção científica, quando o conceito é central para a história, é um pano de fundo e/ou conseqüência da viagem no tempo. Um exemplo seminal desta idéia está no romance de Fritz Leiber, The Big Time, onde há uma guerra através do tempo entre dois futuros alternativos, em que cada lado manipula a história para criar uma linha temporal que resulte em seu próprio mundo.
Viajantes do tempo na ficção freqüentemente criam, acidental ou deliberadamente, histórias alternativas, tais como em The Guns of the South de Harry Turtledove, onde é fornecida ao Exército Confederado a tecnologia para produzir rifles AK-47, o que leva os insurgentes à vitória na Guerra de Secessão. O romance de história alternativa 1632 de Eric Flint expõe explicitamente (embora brevemente) no prólogo, que os viajantes temporais no romance (uma cidade inteira em West Virginia) criaram um universo novo em separado, quando foram transportados para o meio da Guerra dos Trinta Anos na Alemanha do século XVII.

História alternativa no Brasil

A história alternativa tornou-se um dos temas mais recorrentes da FC brasileira produzida na última década do século XX e no início do século XXI. Neste campo, projetos literários como a Intempol de Octavio Aragão e a SLEV de Rogério Amaral de Vasconcelos, marcaram presença, ao lado de autores conhecidos do fandom brasileiro, como Gerson Lodi-Ribeiro e Carlos Orsi Martinho.

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